quarta-feira, dezembro 08, 2010

José António Saraiva: Tudo isto é triste

O jogo FC Porto-Vitória de Setúbal teve três grandes protagonistas: o treinador do Vitória, Manuel Fernandes, o treinador do Porto, André Villas-Boas, e o árbitro Elmano Santos.

Manuel Fernandes admitiu deixar o futebol e não é caso para menos: jogar no campo de um adversário muito mais poderoso e, depois de equilibrar o jogo, ser derrotado pelo árbitro, é muito triste.

Villas-Boas estava castigado e assistiu ao jogo na bancada. Mas passou todo o tempo a falar pelo walkie-talkie com o adjunto sentado no banco. Para que servem então os castigos aos treinadores? Para assistirmos a estas farsas?

Finalmente Elmano Santos. Com todo o respeito, creio que não estava na posse de todas as suas faculdades. Para lá de outros erros ridículos, marcou um penálti contra o Vitória por uma falta que ele próprio não viu e anulou um golo ao Vitória por razões que só ele conhece.

Se não tivesse marcado o penálti que deu a vitória ao FC Porto ninguém se queixava: nem a suposta “vítima” da falta. E se tivesse validado o golo que dava o empate ao Vitória também ninguém se queixava: todos os jogadores, guarda-redes incluído, se fizeram ao lance, ninguém dando por que ele não tinha apitado.

Aqui, julgo que se passou o seguinte: primeiro, ele precipitou-se e marcou o penálti; depois arrependeu-se de o ter feito; finalmente, quando viu a bola lá dentro, assustou-se e mandou-o repetir.

Pela sua cabeça passou um filme a 100 à hora. E respirou fundo quando, na repetição, viu a bola sair por cima.

Enfim, foi um jogo para esquecer. Mas por que razão, nestes jogos, o FC Porto será quase sempre o beneficiado?

José António Saraiva in Record online

1 comentário:

ana_slb disse...

A tendência do erro cai sempre pro mesmo lado... coincidências... e lá vão ganhando. Depois julgam-se os maiores. Enfim!